segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Notas sobre a geografia crítica

Ora, quando é que todos nós vamos arregaçar as mangas, deixarmos de preguiça e fazermos uma geografia que realmente sirva para alguma coisa?

Eu nunca estudaria 4 anos e meio e trabalharia em algo que fosse inútil, meras descrições, estatísticas ou informações apenas.. ora... vamos pensar pessoal.

Este mundo ainda é a nossa única casa e prisão, para que nos preocuparmos com coisas fúteis?

Enquanto uns se ocupam em pensar, planejar, propor soluções de problemas inerentes a nossa ciência, outros se ocupam de serem meros operadores de máquinas modernas, coletadores de dados e produtores de mapas.

Onde está a crítica do espaço neste processo?

Não confundam o instrumental com geografia.

E alguns aqui ainda chamam isto de geografia crítica.. ora tenham paciência.

“A verdade, porém, é que tudo está sujeito à lei do movimento e da renovação, inclusive as ciências. O novo não se inventa, descobre-se.” (Milton Santos)

“O capital traz como sua condição necessária a subversão da geografia pré-capitalista, porque o capitalismo nasce e se expande subvertendo a “relação homem-meio”, que não é outra coisa que o processo de trabalho dito de forma empírica.” (RUY MOREIRA)

“Espaço e trabalho são a forma e a essência da Geografia, espaço e trabalho estão em uma relação de aparência e essência, assim, “o espaço geográfico é a aparência de que o processo historicamente concreto do trabalho (a relação homem-meio concreta) é a essência.”( RUY MOREIRA)

“o espaço é a sociedade pelo simples fato de que é a história dos homens produzindo e reproduzindo sua existência por intermédio do processo de trabalho.”(RUY MOREIRA)

Ora, se a "Geografia Crítica" não se ocupar de estudar a perversidade sistêmica em que estamos inseridos e a transformação espacial onde a história da humanidade confunde-se com a do espaço, não deve receber esta nomeclatura.

Onde está a crítica do espaço neste processo?

Não ao POSITIVISTO!

Não a NEUTRALIDADE!

Sejamos ATIVOS E DINÂMICOS assim como o espaço geográfico.

Luciano Costa

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